top of page

Setor da construção no Pará registra primeiro saldo negativo após seis meses em alta


Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil


Foram divulgados pelo Ministério do Trabalho no último dia 29, os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), referente ao mês de outubro, no qual demonstraram que o setor da construção gerou em todo o Brasil 5.348 novos postos de trabalho, resultado da diferença entre 174.681 admissões e 169.333 demissões.


No Pará, foi registrado no décimo mês do ano um total de 6.248 novas contratações, onde apresentou um declínio de aproximadamente 26% comparado a setembro, que foi de 8.532. Já no número de demissões, o mês contabilizou 6.780, um aumento de 16,74% com relação ao mês anterior, que foi de 5.808.


Os dados gerados pelo CAGED em outubro apontaram um saldo negativo de 532 empregos com carteira assinada, uma queda de 119,53% comparado ao mês anterior, que contabilizou 2.724 postos de trabalhos. Esse é o primeiro mês, desde abril, que a construção registra um resultado que não expressa a verdadeira potência do setor.


Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (SINDUSCON-PA), Alex Dias Carvalho, o saldo apresentado é o reflexo de um “mix” que envolve diversos impasses enfrentados pela construção ao longos dos anos, intensificados pelo aumento excessivo no valor dos insumos necessários para o setor e juros altos.


“Quando se trata do último trimestre do ano, o nosso setor comumente apresenta números positivos na geração de empregos, é no “verão amazônico” que as obras avançam com mais rapidez, porém, neste ano, devido aos reflexos dos excessivos aumentos de preços dos principais materiais de construção e de outros insumos, aumento da taxa de juros, amargamos um resultado bem abaixo do que poderíamos obter quanto à geração de empregos, pois afetam diretamente na continuidade das obras vigentes, sejam públicas ou privadas, incluindo o mercado imobiliário que, por sua vez, freiou fortemente os novos lançamentos e as vendas de imóveis que também diminuíram bastante. O segmento mais impactado é o de habitação de interesse social, ou seja, quem mais precisa acaba sendo mais prejudicado”, afirma Carvalho.


Por Adriano Cardoso

Assessor de Comunicação Sinduscon Pará

bottom of page